História do TEAR Umbanda

História do TEAR!

Para falar da história do TEAR, temos que falar da história sacerdotal do Patriarca do nosso TEAR – Pai Marcelo Gomes.

A história do TEAR e do sacerdócio do seu fundador se entrelaçam e se completam, portanto, falaremos um pouco sobre a formação sacerdotal do nosso Patriarca e posteriormente do surgimento do TEAR – Templo Amor e Redenção.

Nosso Patriarca Pai Marcelo, fazia parte do terreiro “Casa dos Pretos Velhos Pai Cipriano” que é do Pai Luciano Tamasiunas, uma casa de Preto Velho. Neste terreiro, o Pai Marcelo foi feito o babalorixá (sacerdote) e babalaô (“pai do segredo – capaz de interpretar oráculos), dentro da tradição seguida pelo Pai Luciano Tamasiunas, que é uma umbanda de tradição do Ronaldo Linares, ou seja, nosso patriarca foi feito sacerdote e preparado para jogar búzios.

Na época, estava confortável para nosso patriarca viver na casa do Pai Luciano, no terreiro dele, como um pai de santo, mas sem as obrigações de pai de santo.

Aqui cabe um esclarecimento, pois no TEAR, pai de santo, ele só não é pai de santo, ou seja, ele exerce a função de tocar gira e toda a ritualística inerente ao seu cargo.

Lá na “Casa dos Pretos Velhos Pai Cipriano” do Pai Luciano Tamasiunas, isso não acontecia, pois o terreiro só tinha um cacique. Então, independente do Pai Marcelo ser pai de santo, ele não tocava gira e não resolvia nada.

Naquela época essa situação era confortável para o Pai Marcelo Gomes, pois ele era tratado como Pai de Santo pelos seus irmãos de fé, mas não tinha que conversar com os filhos da casa, não tinha que saber da vida desses filhos, não tinha que mandar filho embora ou receber nada, ou seja, um Babalorixá feito, um Babalaô preparado, mas sem as responsabilidades inerentes a essa posição.

Nesse ínterim, Pai Marcelo e sua esposa, a Mãe Vick, resolvem participar de um workshop de Exú, ministrado pelo Sacerdote Alexandre Cumino, durante o workshop ficam sabendo que o Sacerdote Alexandre Cumino iria iniciar um curso de Sacerdócio de Umbanda. A Mãe Vick se inscreveu para fazer seu sacerdócio, sendo acompanhada pelo Pai Marcelo, no decorrer do curso, o Sacerdote Aleandre Cumino convidou o Pai Marcelo para fazer o sacerdócio juntamente com a Mãe Vick, que aceitou e começou a juntar seu conhecimento da Umbanda Tradicional, com seu aprendizado na Umbanda Sagrada.

Conhecendo um pouco da Umbanda Sagrada:

Umbanda Sagrada ou Umbanda Natural, é uma das várias vertentes existentes na Umbanda. Foi fundamentada pelos guias espirituais Pai Benedito de Aruanda e pelo Ogum Sete Espadas da Lei e da Vida, Mestre Seiman Hamser Yê, e difundida a partir de 1996 pelo médium e escritor Rubens Saraceni (1951 – 2015) em São Paulo / SP com a criação do curso de teologia de Umbanda.

Essa linha umbandista procura ser independente das doutrinas africanistas, espíritas, católicas e esotéricas, pois considera que a Umbanda possui fundamentos próprios e independentes dessas tradições, embora reconheça as influências de tais doutrinas na religião.

Essa vertente é pautada pelo estudo e acredita em uma cosmogonia e teogonia próprias que supririam a Umbanda e fariam que a mesma não dependa de outras religiões para se fundamentar.

Neste ponto, a espiritualidade tinha outros planos para a vida sacerdotal de nosso patriarca – Pai Marcelo, pois o Pai Luciano Tamasiunas começou num processo de me dar toques ao nosso patriarca, que ele precisava alçar voo e deixar a “Casa dos Pretos Velhos Pai Cipriano”.

Na “Casa dos Pretos Velhos Pai Cipriano” os consulentes escolhem com quem querem passar para tomar passe e se consultarem, é um terreiro pequeno, que na época atendia cerca de 20 pessoas, por gira de trabalho. Nas giras de esquerda, praticamente todos da assistência queriam se consultar com o exú de nosso patriarca, o Exú Marabô.

Neste processo que estava acontecendo, Pai Luciano começou a excluir o Pai Marcelo Gomes, valorizando mais o pai pequeno e a mãe pequena do terreiro, em detrimento de nosso patriarca.

Este processo culminou no dia em que o Pai Luciano Tamasiunas, inspirado por Xangô, falou: Marcelo, não quero mais você aqui na minha casa, vá abrir seu próprio terreiro.

Foi um momento crucial na vida sacerdotal do Pai Marcelo, que na ocasião pensou até na hipótese de largar a religião, pois muitas dúvidas passavam por sua mente, mas a espiritualidade ajudou nosso patriarca a organizar seus pensamentos e lhe intuiu que que deveria ser feito.

Juntamente com a sua esposa – Mãe Vick e com seu irmão José Roberto, o Pai Marcelo se programou para ir ao Santuário Nacional da Umbanda – Vale dos Orixás, idealizado pelo Pai Ronaldo Linares, onde faria uma gira e pediria orientação as entidades que viessem trabalhar, ou seja, mais uma vez a espiritualidade indicando o caminho que deveriam ser seguidos pelo nosso patriarca.

Nacimento do TEAR

No dia 9 de abril de 2016, Pai Marcelo, Mãe Vick e o irmão José Roberto foram até o Santuário Nacional da Umbanada, onde reservaram a tenda 51, para realizar os trabalhos.

Pai Marcelo resolveu reproduzir exatamente a gira que havia aprendido na casa do Pai Luciano, e assim foi feito, firmou a tronqueira, acendeu as velas e abriu a gira, sem saber o que eu iria incorporar. Mas as dúvidas logo se dissiparam, pois assim que começaram a bater palmas e cantar, o Pai Marcelo Gomes incorporou seu mentor espiritual – nosso querido Caboclo Flecha Dourada.

O Caboclo Flecha Dourada sentou num banquinho, e lá ficaram das nove da manhã até duas horas da tarde, de forma ininterrupta, recebendo instruções do Pai Flecha Dourada. As instruções foram gravadas pela Mãe Vick, garantindo que todas as orientações pudessem ser seguidas à risca.

As principais orientações de nosso Pai Flecha Dourada foram:

  • O terreiro seria uma Casa de Caboclo.

  • Ele não queria que a casa tivesse o nome dele.

  • A casa deverá ter duas palavras, que farão muito sentido pra vocês no futuro: Amor e Redenção

  • O que você colocar na frente não importa. (Foi quando decidimos colocar templo, pois templo significa um local de encontro para o sagrado, de umbanda, amor e redenção.

  • Pai Flecha Dourada também falou que um dia o TEAR iria expandir, que teria a mesma filosofia em outros lugares.

  • Que todos os filhos da casa deveriam usar uniforme branco, para evitar a vaidade.

  • Ele não quer ser chamado de cacique, não é porque eu sou dono da casa agora que vai ser cacique, é caboclo.

  • Não quero que tenha fotografia, não com essas palavras, retrato de gente incorporada, também para evitar as vaidades dos médiuns. um.

Na sequência, Pai Flecha Dourada disse que iria embora e que após nos alimentarmos, viria o Preto Velho José do Rosário, e assim ocorreu. José do Rosário também explicou ao grupo algumas coisa em relação ao novo terreiro que estava nascendo naquele dia. Antes de ir embora, José do Rosário orientou que o grupo deveria retornar na semana seguinte para obter mais informações com o Exú Marabô – protetor e guia espiritual do Pai Marcelo, pois o Flecha Dourada determinou que direita é direita, esquerda é esquerda. E assim foi feito. Na semana seguinte, o grupo de fundadores do TEAR estava novamente no santuário e o Pai Marcelo Gomes recebeu o Exú Marabô, das nove da manhã às cinco da tarde, direto. Exú Marabô explicou como seria a gira de esquerda no TEAR: ele, aqui vocês usarão o preto e o vermelho, além de outras orientações. Também disse que ele fez um acordo com o Caboclo Flecha Dourada, um acordo onde as duas partes elas perdem alguma coisa e ganham alguma coisa, ou seja, no TEAR o Caboclo Flecha Dourada rege a direita dos trabalhos e o Exú Marabô rege a esquerda dos trabalhos.

Um pouco antes do Exú Marabô encerrar as orientações, veio primeiro o Exú Guardião, para explicar a função dele que até então não era conhecida pelo grupo de fundadores do TEAR.

Na sequência veio o Exu do Lodo, também uma breve passagem, para explicar qual seria a sua função na nova casa, um exú de sustentação. Porque o TEAR terá três Exus de sustentação: O Marabô, que é o dono da casa à esquerda, que trabalha, que faz, que tem contato, tem tudo ali. O do Lodo, ele trabalha nos bastidores, é o exú que dá sustentação para que o Marabu consiga trabalhar. E o Guardião, ele tem uma função, tanto na vida do terreiro, que é uma vida, quanto na vida pessoal do patriarca, de cuidar do seu ser que ainda existe no plano espiritual e não no material. Quando o TEAR veio para sua sede em Embu das Artes, o Pai Marcelo foi fazendo as firmezas, os assentamentos, as coisas e tudo mais, nesse momento a espiritualidade foi clareando os pensamentos do patriarca sobre o que é o TEAR.

Então o TEAR nesses anos de existência, permitiram ao Pai Marcelo descobrir que existe coisas, práticas religiosas, doutrinas e filosofias teológicas, que só existem aqui.

Porque na Umbanda Sagrada, Saracênica, você vai encontrar algo parecido, mas não explicado, não entendido.

O TEAR hoje, doutrinário, ele é composto de Eu vou dizer que ele é três partes:

Numa pequena proporção Umbanda Sagrada, porque a Mãe Vick, com a sua pureza sacerdotal trouxe isso pra nós, não como mental doutrinário, mas como sacerdócio, porque ela é uma sacerdotisa assentada aqui e, por exemplo, foi ela que trouxe Santa Sara Kali, Egunitá, não conscientemente, mas o sacerdócio legítimo, a energia dela nos trouxe.

Numa proporção um pouco maior, temos a Umbanda Tradicional de Ronaldo Linares, essa parte foi trazida pelo nosso patriarca e pelo Irmão José Roberto, pois quando o médium fecha o olho, aqui o Exu fala palavrão, o Baiano brinca, o outro tira sarro, que é essa umbanda antiga que nós vemos.

E a maior parte dessa constituição, vem da própria doutrina e filosofia do Caboclo Flecha Dourada e do Exú Marabô, em questões de assuntos filosóficos, religiosos, que você não encontra em outros tipos de Umbanda.

É um jeito único.

Essa foi a constituição da nossa UMBANDA TEAR

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